terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Era seu aniversário e pensei em desejar meus pêsames, mas dei um sorriso torto e dei-lhe os parabéns. Me doí inteira de ver o tempo te mastigar e engolir, mas sorri. Sorri porque ouvi o som dos guizos e então percebi que nunca vou morrer ; não vou morrer porque eu não existo e se não há vida, não há morte. No mesmo instante deixei de ser tua falta, porque falta é ausência e ausência é vazio, vazio é nada. Não posso sentir falta de algo que não existe. Então parei de temer a morte, temer a morte constante minha e de tudo que havia vida, parei de temer o tempo e sua passagem.

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