quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Escrevi, apaguei. Rasguei. Pensei e desisti de escrever. Vou escrever. Talvez um dia você pegue essa carta e lembre de mim, de todo esse furação que o tempo teima em levar. Talvez um dia lembre de nós. Me desculpe pela ausência física e por todo futuro jogado pelo ralo, mas protegi teu nome por amor, eu tentei de todas as formas manter um pedaço teu aqui e em troca pedi o mesmo : Não me deixe morrer nunca em ti.
Entrego por meio desta a melhor parte de mim, a coisa mais bonita que um dia poderei dar á alguém : Meu coração de plástico. Com todos meus encontros e desencontros, com todas lacunas vazias do meu ser.
Amo você como Joana D'arc amava tua pátria e foi queimada por ser uma péssima funcionária pública, eu te amei como uma tragédia grega e lógico : Como um coração deve amar.
Eu não sei rezar, mas peço em nome de Deus, dos deuses você comigo sempre. Tenho memória péssima e vou esquecendo sem querer, então quando não passarmos de lembranças uma pra outra, terá essa carta pra ler e saber que é real. Que foi real.
Não tenho mais nada á dizer, pelo menos não qualquer palavra que me faça sentir curada ou alíviada, pois essas coisas só se curam com o amor.
Te dei todas minhas angústicas, minhas lágrimas e pedaçoes caidos, mas além de tudo : Meu sorriso, otimismo, esperança.

Deixo á Deus-dará se for a vontade do mundo (Ou a nossa) que a gente se encontre.

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