sexta-feira, 15 de abril de 2011

The End.

Dou um sorriso para ele , brincalhona.
— Você vai saber...
Me sinto inchada,incapaz de me mover em baixo da camisola branca com rendas.
— Andei pensando em Claire se for menina, e se for um garoto, Gabe. O que acha? Alguma sugestão? — Ergueu as sobrancelhas, tentando rançar informações de mim.
Olhei para Edward dormindo angelicalmente ao meu lado e fiz um carinho em seu rostinho liso e em seu cabelinho preto, maravilhada. Como ele se parece com Jim. É como uma cópia.
Suspiro, controlado a ansiedade.
Escondo meu sorriso e dou um beijo em Jim, sentindo tudo ao nosso redor parar, e apenas nossos movimentos e nossas carícias fazerem sentido.
— Muito bem. — Demonstro pânico. — Acho que Claire e Gabe estão prontos para vir ao mundo. — Faço um dois com a mão, demonstrando que há mais de uma criança na minha barriga.
Num relance, Jimmy se levanta, aperta minha mão e sussurra gentilmente no meu ouvido “Vou estar com você.” Após isso, sorri outra vez para mim, me dá um beijo na testa e me leva para o hospital.
O clã Keaton- Fields estava crescendo,junto com nossa eterna felicidade.

Desejo

Desejo a você (..) cheiro de jardim, namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor, chope com amigos, viver sem inimigos, filme antigo na TV, ter uma pessoa especial e que ela goste de você, ouvir uma palavra amável, ter uma surpresa agradável, rever uma velha amizade, ter fé em Deus, não ter que ouvir a palavra não, nem nunca, nem jamais e adeus, rir como criança, escrever um poema de amor que nunca será rasgado, formar um par ideal tomar banho de cachoeira, pegar um bronzeado legal, aprender um nova canção, esperar alguém na estação, (…) E muito carinho meu.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O guia do mochileiro das galáxias

Seguiu-se um longo período de pesquisas meticulosas, durante o qual Voojagig visitou todos os principais centros de perdas de esferográficas da Galáxia, e terminou formulando uma curiosa teoria que se popularizou muito na época. Em algum lugar no cosmos ― afirmou ele ― , além de todos os planetas habitados por humanóides, reptilóides, peixóides, arvoróides ambulantes e tons de azul superinteligentes, haveria também um planeta habitado exclusivamente por seres vivos esferografóides. E era para esse planeta que iam todas as esferográficas perdidas e abandonadas, escapulindo por buraquinhos no espaço para um mundo onde elas podiam viver uma vida esferografóide, reagir a estímulos de caráter eminentemente esferografitico ― em suma, levar a vida com que sonha toda esferográfica.


O guia do mochileiro das galáxias, Vol 1. - Douglas Adams.

Super indico.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Solstício.

Poetas, ou apenas humanos, precursores de um poema sem rimas, do eu lírico falecido, dos corações desmantelados.

Mulheres, flores de março, fontes salgadas de uma poesia deixada, mórbida, dos versos abandonados.

E poucos sexos que se partem em tuas vozes, a desflorar as estrofes do epitáfio adormecido.

Vigor, furor, vulgaridade flácida dos contos acidentados. Prólogo seco, assexuado.

Resumo então a estas partes loucas fora da validade.

Partes concretas de um vaso partido, a rosa caída, defunta, oriunda de um além qualquer.

Somos iguais em gênero, número e grau nestas poucas essências a inibir nossa ficção.

Inibição? Despi-se. Fantasia sexual segura é desnuda. Gênero e grau excêntricos, autênticos. Distintos.

Destarte o teu acalento torna-se lúgubre, nesta ausência de pele com pele, de mente com mente.

Junção de vestes carnudas, desperta. A falta torna-se presente, a alma alenta, atenta a qualquer sinal de morbidez. Solidez, frígida.

Embebida de algumas caras e bocas na amnésia de seu amanhã. O que não virá tão sólido, tão sórdido, tão rígido a liquidez.

Desmancha-se e por fim vira pó. Pó de rostos, pó de faces, pó de uma cinza cafeísta. Não lhe há nada concreto que vale a intenção. Teus lábios soltos de arcada mandraca, estiveram lacrados cedo demais.

E sela-se o corpo em fragmentos partidários, corruptos a corroer suas estranhas, seu palpitante, suas quiméricas ilusões. Resta-se em nostalgia vulnerável, desmerecida por qualquer vestígio humano entre nossas polaridades incompatíveis.

Laço por traço se retrai. Tua seca indefinida, esfomeada, sedenta tal por extremos que renegam concepção. Mas colam-se. Difundem-se como a cor da água morna, logo fervente, logo salivante na garganta.

E onde ecoam as vozes? Calam-se em uníssono, refletem-se em um espelho a lhe circundar por vez ou outra e tornar teus poemas monólogos ínfimos. Inaudíveis.

Ironia saudosa ou sarcasmo moribundo? Pressente-se essa áurea uníssona, reflexiva, inapta a ouvidos alheios. Reflete-se no espelho a vaidade do sono. Sono. Falta-me. Sobra-me. Desfalece-me.

Pressuposto na inércia de cada herança perdida, torno-me inerte a este sepulcro habitual.

Foi-se um prólogo. Um renascido epitáfio, uma súbita concepção de termos enfáticos e ficciosos. Transadas as palavras, repartem-se num recomeço habitual.
O fim regenerado de uma rosa murcha, em metades de um vaso inteiro.
Espinhoso.
Alma vazia, loucura insana, alegre descontente. Isso tudo está por vir e em mim'alma foma-se um grande buraco e então a loucura volta e a faz inchar, assim explodindo-a como as gotas de ar, ou seriam as de chuva? Como uma barriga vazia, a alma está por vir.

Dói de ardor... Dói de amor.

E voltamos ao vazio.
— Será... Que... A.... Minha... Alma... Está... Vazia?

Metanfetamina.

— Você tem o bagulho? Droga?

Eis que cheirava a merda, a devassidão. A pele emergia odores insuportáveis até no mais alto nível de álcool no sangue. O corpo junto aos demais compunha um colchão humano, de mentes; de corpos. A sujidade se tornava limpa perante ali; do vasto cômodo que cheirava a crystal. O bagulho era o entretenimento daqueles indivíduos que, impossivelmente, atingiriam os quarenta anos. Era a diversão de almas perdidas.

Pedaços de cristal. Os restos difundidos sobre a mesa seriam inalados assim que os torpores passassem-lhes; assim que o corpo começasse a fundir para suas mortes. Alguém inalou ruidosamente o restante e em gargalhadas caiu-se para trás. A substância era-lhe cabível para a fuga e desprezo da mediocridade em sua vida. “Isso é demais, vadia!”, pensou o jovem de vinte e tantos anos, sem consenso de que aquilo, futuramente, lhe custaria um ou mais dentes de sua boca; custar-lhe-ia a vida. Ao fim, defrontou-se nos delírios que lhe proporcionava a cada cheirada de Crystal Meth... De Metanfetamina.

METANFETAMINA — D.

domingo, 10 de abril de 2011

A vida é uma só
Daqui não levaremos dinheiro
Não levaremos as horas de reunião chata
E o tempo gasto em ser corretamente responsável
Então deixe-me ser o seu DOCE NOVEMBRO
Façamos dos nossos momentos umma lembrança intacta
Não quero ver você sofrer por mim
Quero apenas te ver sorrir
Quando chegar novembro ao fim
Tamparei seus olhos com um cachecol meu
Assim vou partir
Apenas não se esqueça de mim
Lembre-se que te ensinei a ser feliz
Não deixarei você me ver chegar ao fim
- Tchau. – Ele disse me dando as chaves. – Me poupe de sentimentalismo e pegue suas coisas no porta-malas.
Sai do carro sentindo os pingos gelados congelar minha dor, era tão grande que estava anestesiado pelo meu próprio corpo que gemia a cada passo ao porta-malas tirando as malas e indo em direção lhe entregando as chaves novamente.
- Tchau. – Eu disse vendo o carro partir, ele ia tão devagar que não parecia em câmera lenta, aumentando cada vez mais meu sofrimento.
Meu sangue teve um súbito desespero de ficar sem vê-lo pela ultima vez com cara de decepção e como se brotasse algo frenético, e em minha mente ondas eletromagnéticas rondando e uma sobrecarga me atingiu, corri atrás do carro que acelerou aos poucos.
- ERIK NÃO! – Gritei pela primeira vez em anos, minha voz ecoou na rua silenciosa e por alguns milésimos de segundos imaginei que ele não pararia, mas, ele freiou fazendo um barulho alto.
Ele abriu a porta do carro e saiu, o céu que chorava despejou lagrimas sobre seu corpo e a chuva aumentou mais se tornando forte e dolorida sobre minha pele.
- O que você ainda quer? – Ele gritou enquanto o chiado da chuva tampava nossos ouvidos.
- Você quer realmente quer dar um ponto final em tudo isso? Para sempre? – Gritei.
- Eu nunca disse que queria! – Ele respondeu ofegante quanto eu.
- Então me promete uma coisa – Eu criei forças dentro de mim.
- Fala!
- Se o fim chegou, que seja um fim bonito. – Corri e o abracei com toda minha alma, e senti ser recíproco. Apertei cada vez mais seus ombros porque sabia que poderia ser o ultimo de nossos encontros e eu queria que fosse o melhor abraço. – Me dê tudo de si.
Nossos olhos se encontraram pela ultima vez, a água me atrapalhava e eu ainda insistia em arregalar os olhos e senti seus lábios molhados encontrarem os meus e seus braços me apertarem como se aperta um travesseiro e eu o segurar com todas minhas forças, ofegávamos com muita freqüência, mas, eu não parei beijando quase sem intervalos e cheio de intensidade, nossas roupas molhadas não importavam, estava derretendo por dentro e por fora de desejo de que aquele momento se eternizasse pelo resto de minha vida. Entramos no carro, trancamos as portas e na insanidade não nos importamos se alguém passasse no local e tivemos nossa ultima relação física, foi tão bom, eu fui mais selvagem que de costume, era cheio de cede, cheio de pimenta, cheio de garra e de açúcar nos eternizando entre aqueles bancos que me soavam perfeitos.

- Esse foi o fim? – Sorri.
- Foi. – Ele sorriu.
Quero detonar minha garganta no seu ouvido
Quero escutar seus dedos se estourem na guitarra
Sou como um intrumento
Você é como a música
Vamos nos unir nossas carnes e transforma-las no velho rock’n’roll
Alá, Eisten, Darwin, Cardec, Lutero, Buda, ou qualquer um que tenha tentado encontrar respostas concretas para o que somos obtiveram fracasso. Embora eles tenham sujulgado o ser humano de alguma forma, pela fé ou ciência, nada é certeiro e preciso.
Na minha visão aquele que está acima de nós apenas nos olhando, ele se preocupa e ele se despobiniliza a nos abraçar, embora muitas vezes corremos para longe de seus braços, o confundem com alguém duro e sério que machuca todos para que sejam fiéis, ou sejam acostumados usar costumes e pensamentos hipócritas sobre a própria filosofia de vida.
Será que Deus realmente faz o que eles dizem? Será que realmente somos uma evolução bem sucedida (em teoria), será que um homem veio para terra provar de toda amargura para se tornar um ser celestial?
De nada acredito, de nada desacredito, o que eu sei é que tem alguém que me olha com amor, e esse sim é um amor que vale a pena lutar, quem é? Não sei, uns chamam de Deus, outros acham que é nossa imaginação, mas, eu, eu sou um simples cidadão que quer acordar e olhar pro céu tendo a ilusão de que ele me olha e me ronda e não importa o que qualquer um diga
Somos apenas oposto, tipo de laço diferente do qual não se decifra:
Não somos juntos, não somos amigos, somos uma exceção. Correr ao vento, ser beijado pelo vento sentindo as grama dançar em minha galochas, terra fofa me fazendo sentir em nuvens, olhar o sol que não está ofuscando, e sim, observando e sorrindo ao ver o sorriso que é doce, como chocolate, só que é saudável e não-destrutivo.
Olhar nos olhos, dizer os sentimentos, rolar de campina-a-baixo rindo, correr e se esconder entre a paisagem até que encontremos um olhar, reciproco, firme, mas, tranquilo…. E então! Um selo entre o rosto abaixo do nariz, o beijo.
Hoje me deu saudade dos teus olhos, senti saudade do teu abraço, “first love” misturado com “flashback”. Era o romance perfeito, começou sutil, devagar, como fumaça perambulando lentamente até se tornar indistinguível das nuvens. Talvez nossos caminhos como raízes de uma árvore, mas, por motivos até mesmo fúteis nos separamos.

Sua presença ausente mantém viva a ilusão de que um dia eu podia lhe dar um abraço, lhe declarar meu amor e enfim selar-me com sua carne de modo que sempre acreditamos. Maldita turbulência! Malditos terceiros que tentaram (e conseguiram) nos puxar para lados opostos e maldito coração que ainda lembra de ti.
Talvez no fundo de sua mente, ecoando em seu subconsciente exista uma voz, pra ser exato: MINHA VOZ da qual você nunca escutou, mas, imaginou.
Fui falho, errei, ferrei, joguei para o ar, pisei nas possibilidades, mas, afinal eu era apenas um filhote que queria correr na selva, e agora eu sei que é tarde para secar as lágrimas que o vento já transformou em sal que gruda minha pele.
Das coisas mais estranhas de minha personalidade uma delas é o medo. Ele me abraça constante e o mais incrível é que eu amo instigá-lo.
Ele é rastejante, o vejo como uma cobra naja que vem sutilmente atrás de minhas belas melodias chamadas de pensamentos, aos poucos se enrolam ao meu redor se aproximando, apertam meus pés e sobem sobre minhas pernas, braços até chegarem ao meu pescoço cravando veneno mortal, minha alma sente desespero, minhas pernas tremem, meu coração se dispara ao ponto do chão sumir e sinto de minhas mãos descer suor frio e formigamento pelo meu corpo, ao mesmo tempo amo sentir essas sensações e amo ter necessidade de tudo.
Dizer que sou medroso é assumir o fato de que essas sensações me deixam feliz, até mesmo cheio de expectativa, mesmo me causando enjôo muitas vezes eu preciso de mais e mais, mais, mais, mais e mais!
Seja vendo filmes que me fazem fechar os olhos, seja vendo fotos de deformações que me fazem perder o apetite, seja olhando de perto animais que tenho aversão, seja provocando alguém que não tem volta, o medo me descarrega tensão, o medo é um animal peçonhento pronto me atacar quando eu procuro e o liberto, o medo rege nossas vidas, o medo é um pecado que cometemos diáriamente, o medo é um amor reprimido em nojo, o medo é um sentimendo, o medo é um sensanção física, o medo é uma sensação espiritual, o medo é um cigarro que se ascende sozinho, o medo é devorador, o medo é primo de 4º grau da vida, o medo é primo de 4º grau da morte.
Ele queima em meu espírto, ativa o fogo que arde no meu peito!
Ele me faz dançar sobre os ventos que ardem em meu rosto, ele me faz descançar em seus braços
Ele melhor que um pai, melhor que eu irmão, ele é um amigo.
Ele me olha e diz: -
Eu sempre estarei contigo.





Ainda tem o seu perfume
Pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara?
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas…

Além de característica biológica é a mais pura sensação de adrenalina no sangue.
O frio na barriga está constante, toda vez que me lembro do que pode acontecer no dia seguinte e o desejo para que aquilo aconteça logo meu coração dispara e sinto meus dedos ficarem escorregadios, sei que conforme se aproxima o calor aumenta e duas vozes no ouvido ecoam uma que grita de medo e desespero e a outra que sente sede e desejo para que o futuro se torne presente e que o momento esperado chegue. É complexo, fascinante e acima de tudo perigoso, pois, ele nos faz levantar os pés no chão, a nuvem chamada ansiedade nos faz evaporar e flutuarmos livremente pelo azul do céu de vontades, o medo é constante e na conseqüência de vontade exagerada a mesma nuvem chamada ansiedade se transforma em chuva e nos faz cair no chão as vezes causando o torpor extremo, a morte da alma momentânea.
Será que esse sentimento é bom? Será que realmente precisamos sentir ansiedade, e as dores, as vozes, a cabeça, o impulso eletrico e sensação de pés sem chão são necessários? Não tenho essa resposta, só posso concluir que é o que eu amo sentir, adrenalina, medo, lutar contra o relógio e com o sono, tanto faz, só quero continuar nesse momento antianestésico e alucinógeno.

Tic tac, tic tac, tic tac….
E a mente ofensiva grita com toda força:
- Larga disso, revogue seus conceitos, mude sua postura, destrua sua vida e reforme-a, estúpido.
E o coração calmo suspira:
- Só continue respirando, o resto deixa que o tempo leva

-Ne me quitte pas. -Acendi um cigarro, cheio de cereja era tão bom.
- Francês é clichê. - Foi uma provocação.
Levantei apenas uma sombracelha e me inclinei aproximando-me de seu rosto que fitava com os olhos incertos.
- A vida é clichê. - Traguei o cigarro. - Você é clichê, eu sou clichê.
Soltei a fumaça em seu rosto, seu nariz se irritou e por um segundo vi uma careta sua, só que ao invés de fugir apenas um sorriso irônico e que me derreteu por dentro surgiu.
- Outra vez. - Suas palavras eram tão pausadas e precisas, sua boca formava cada sílaba com firmeza. - Só que dessa vez, faça direito.
Traguei forte, as cinzas nas pontas do cigarro foram aparecendo, a morte descendo em meus pulmões e subindo sobre minha laringe.
- Melhorando. - Sua forma irônica foi agradável, sua boca se encostou-se à minha e ele puxou a fumaça, mantive os olhos firmes quando ele soltou a fumaça para o ar.
Perdi a vontade de fumar quando descobri que meu vício de verdade era encostar os lábios, então fiz de novo e dessa vez sem cigarros, nossas línguas dançavam e suas mãos largaram o violão puxando minha nuca, brincando com meus cabelos mortos
É nos dias mais belos, naqueles que teu cabelo fica do jeito que você gosta, o dia menos quente no verão infernal, no dia que você fica inspirado pra escrever mil e uma cartas de amor que você percebe que está alto demais e se joga da nuvens.
Implore por perdão, os corvos estão rondando tua cabeça, logo logo tua alma vai abandonar tua carcaça e no meio em plumas negras turvas de desejo irei pousar sobre ti e devorar sua língua como um dia sonhei.
Sou Lilith aquela que foi rejeitada do paraíso, serei melhor do qualquer Eva que você conhecerá algum dia de sua vida, vou rir de seu legado na terra e em como tua culpa caíra sobre teus calcanhares e a voz que vai gritar de sua alma “seria melhor do jeito antigo”
Éden agora é campo de guerra, sua própria mente te causa espanto, eu podia te ajudar! GAROTO EU PODIA SER MIL COISAS! Menos mais um na tua mão.
Vou sentir dor ao lembrar de você? Sim! Vou chorar ou ficar chateado ao te ver feliz ou trocando declarações com alguém? Sim! Mas no fundo meu orgulho vai me dizer:
- Ei vadia, ele que te perdeu!
(não é egocentrismo, é só questão de um pouco de diginidade misturadas ao limão espremido em feridas!)

sábado, 9 de abril de 2011

Paixão feminina.


Mulheres sagitarianas. Mulheres piscianas. Somos guiadas, guiadas pelo amor, pela crença, pela sensatez, pelo olhar, pelo toque. 

Pergunto-me se tudo o que dizem sobre nós é verdade. Somos tão seguras, tão sensatas, e independentes.
Umas de nós querem apenas o amor perto, outras querem o amor longe. Vocês devem acreditar, nós Júpiter e Netuno - somos apaixonadas, completamente apaixonadas. 
Somos apaixonadas pela vida. Somos apaixonadas uma pela outra. Somos apaixonadas pelo amor. Somos apaixonadas pela escrita. Somos apaixonadas pela arte. Somos apaixonadas por música. Somos apaixonadas por Kurt Cobain. Somos apaixonadas por homens e mulheres. Somos apaixonadas pela nossa família. Somos apaixonadas pelos nossos amigos. Somos apaixonas pelo sorriso. Somos apaixonadas pelo olhar. Somos apaixonadas por sexo. Somos apaixonadas por pessoas selvagens. Somos apaixonadas pelas pessoas que morreram de overdose. Somos apaixonadas por poesia. Somos apaixonadas por café. Somos apaixonadas por livros. Somos apaixonadas por romances. Somos apaixonadas por cinema. Somos apaixonadas por teatro. Somos apaixonadas por dança. Somos apaixonadas por nudez. Somos apaixonadas por literatura. Somos apaixonadas pelo português. Somos apaixonadas pelos estudos. Somos apaixonadas por números. Somos apaixonadas pela reflexão. Somos apaixonadas por limpeza. Somos apaixonadas por perfeição. Somos apaixonadas por rock. Somos apaixonadas pelas culturas. Somos apaixonadas pelos detalhes. Somos apaixonadas pelo simples. Somos apaixonadas por aquilo que não existe. Somos apaixonadas por outras coisas. Apaixonaremos por outras coisas. Nós somos apaixonadas. 

Mulheres de Júpiter. Mulheres de Netuno. Mulheres sagitarianas. Mulheres Piscianas. Mulheres 
se apaixonem.   

Patience


Sempre me pergunto se o amor é mesmo importante para alguém. Questionando-me sigo, com a tal incerteza, talvez essa incerteza tenha se aglomerado dentro de mim logo após seu sumiço – sumiço que machuca até hoje. Sempre me pergunto se vale à pena amar alguém. Questionando-me sigo, com a tal incerteza. Quando um amor some de sua vida, e lhe deixa sem rumo, como se algo houvesse se repartido, você sente medo, e dúvidas quanto ao mesmo. Não é por isso a minha incerteza das coisas, provavelmente questiono-me sobre isso, por amor próprio, e principalmente por me envolver demais com alheios. Não tenho medo de sofrer, penso que, só encontraremos alguém, depois que provarmos nosso merecimento. Sem pressa pra qualquer coisa, eu continuo aqui cheia de incertezas, e crenças. 
Toda Alice deve ter paciência, paciência, paciência, e crença. 


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Antes de dormir...

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho… O de mais nada fazer.

As mulheres de Sagitário, e Peixes.



Sua personalidade tem haver com signos?

Algo me diz que Signo é bobeira, e que não se deve acreditar nestas coisas hoje comuns na sociedade, mas toda a vez que eu conheço alguém que me encante, cara! Parece que eu preciso fazer combinações, porque se tem uma coisa que eu acredito é no amor, e o que ele pode trazer pra minha vida é importante o bastante para que eu acredite em horóscopo.


Apesar de que, eu não creio muito nestas coisas, e que o Sagitário não tenha nada haver comigo Lara (em parte) vou lhes dizer por que devemos pelo menos ler o tal todos os dias.

Pode parecer programa de avó comprar aquelas revistinhas de banca, principalmente do JOÃOBIDU. Mas, quem gasta 1,99 com horóscopo? Olha, vou lhes dizer que há fiz isso, mas hoje prefiro nem ler, o que me torna totalmente desinformada e ignorante.

Se você espera algo bonito, e romântico neste “post”, deixo claro que, vou ser bem crítica quanto aos “posts” abaixo.

A primeira coisa que você vê em um site, ou em uma revista de horóscopo, quando você vai ler o perfil de seu signo é.

Você adora isso, você é isso. “Perai”, no sagitário, por exemplo, afirmam que sou super de bem com a vida, se eles soubessem os textos rancorosos que escrevo, mudariam de ideia quanto a isso. Mas, tem algo que concordo, sou sincera, ás vezes ultrapasso limites, eu acho que todas as pessoas devem ser assim, independentes de seu signo, isso é ética, e personalidade. Sim, as sagitarianas são muito determinadas e correm atrás do que querem, acho isso importantíssimo, mas olhe sou preguiçosa demais pra correr demais atrás das coisas, quer dizer, desisto fácil (Esse é um dos meus maiores defeitos). Dizem também, que sagitariana é baladeira, sabe há quanto tempo eu não danço em cima de um queijo? Que eu me lembre, desde que eu dou umas carreras (Pra quem não sabe, é usar drogas ilícitas). Agora, eles tem razão em uma coisa, que em minha opinião seja a maior razão de todas, nós sagitarianas não gostamos de pessoas que peguem no nosso pé, pra isso já basta o bicho que fica debaixo da nossa cama, que, aliás, não é barata.

Como vocês perceberão em minha opinião (Lara) o horóscopo erra demais, então não tente ser a mesma coisa que o seu signo está dizendo que tu és, porque minha amiga, você vai quebrar a cara, por exemplo, já imaginou, eu na balada todos os fins de semana? Eu surtaria.

Não vou comentar nada de Peixes, mas você de Peixes que vai ler isso, comente depois o que você concorda ou discorda.

Você reúne muitas qualidades e a que mais se destaca é o seu lado humano. Peixes tem o dom de despertar o amor. E olha que não precisa fazer grandes esforços para cativar. Com tanta intuição, só erra o alvo se não quiser envolver alguém em sua rede. Você é o tipo que age em silêncio, mas sabe o momento certo de entrar em cena para mostrar o que sente. Sua sensibilidade vive à flor da pele, comandando o pique de suas relações afetivas. Quando o assunto é conquista, é seu lado sensual que desperta interesse. Você curte jantares à luz de velas e dançar coladinho, mas, muitas vezes, se deixa levar pela insegurança.


Pior que isso? Só horóscopo de como você é na cama.

By: Lara (No próximo post juro que faço algo mais sensível e romântico).




Ela tinha olhos negros da cor da noite, olhos tão negros que ninguém se atrevia a olhar dentro deles com medo de serem engolidos. Cabelos da cor do sol, embora sendo inteira escuridão. Ela não tinha nome, ao nascer foi esquecida pelo mundo do qual foi obrigada a se habituar. Tão pouco se importava com isso, afinal,o que é um nome ? Ela tinha consciência que nascera sozinha e seu destino já estava predestinado : Por linhas tortas caminhar com doce amargura.
Não tinha relógio,pois sempre soube que Ele viria pregar sua setença; também não tinha espelho, pois o espelho é o pai da inveja e a mãe dos narcisistas. Então sem relógio e sem espelho ela tinha todo tempo do mundo, e o gastava dançando punk rock de meias pela sala, pintando quadros de lugares nunca vistos, escrevendo cartas para si mesma e chorando um choro manso ao ler seus poemas imaginários.
Era 00:00 quando começou a garoar, e a garoa fina logo se transformou em chuva forte com vento e trovões e...A janela da sala quebrou deixando mil pedaços de vidro fazendo a garota se olhar no espelho pela primeira vez e percebendo que era impossível tentar fugir do tempo, pois Ele estava ali nesse exato momento pra lhe dar sua setença então aceitando seu infeliz destino ela foi engolida por seus enormes olhos negros.
Ao som de Lucy In The Sky With Diamonds
Alice, a doce maldita princesa de copas senta na janela enquanto observa o sol se pondo entre retalhos e lembranças de Olympia, verão de 1988, no abismo entre loucura e lúcidez.
A música acaba. Alice pega uma revista qualquer, abre impaciente e folheia as páginas sem interesse. O doce desespero de ver as horas passarem enquanto é engolida pela engrenagem do tempo.
Um blues amargo, mais um xícara de café quando caminha em passos lentos, depois a voz forte de Elis ''Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração''.
Alice olha no espelho e tenta se encontrar, mas tudo que encontra é sua maldição, queria voltar pra dentro do espelho mais uma vez atraída por sua imagem invertida é quase impossível a princesa do sol encontrar caminho pro mar.
Alice gargalha, rodopia no ar, depois senta e chora. Mas uma dose ? Claro que sim.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estendi-lhe o cesto, mas ao invés de segurar o cesto, segurou meu pulso: eu estava escondendo alguma coisa, não estava? (...) Enfiei a mão no bolso e apertei a folha, intacta a umidade pegajosa da ponta aguda, onde se concentravam as nódoas vermelhas. Ele esperava. Eu quis então arrancar a toalha de crochê da mesinha, cobrir com ela a cabeça e fazer micagem, hi hi! hu hu! Até vê-lo rir pelos buracos da malha, quis pular da escada e sair correndo em ziguezague até o córrego, me vi atirando a foice na água, que sumisse na correnteza! Fui levantando a cabeça. Ele continuava esperando, e então? No fundo da sala, a moça também esperava numa névoa de ouro, tinha rompido o sol. Encarei-o pela última vez, sem remorso, quer mesmo? Entreguei-lhe a folha.
In utero.

Tô abortando teu filho e parindo tua filha.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ela chegou de mansinho, demasiado tarde, já passava das 23:00, mas mesmo assim sentou. Sentou na cadeira de couro (Como nos filmes antigos) abriu a bolsa, tirou o cigarro e acendeu. Ela tinha olhos de Capitu, cabelos pretos azulados longos, cara de quem conhecia muito da vida. Não, ela não conhecia nada da vida. Cardápio de hoje : Café e cigarros. 00:00. Tirou o telefone do gancho e ensaiou algo mecânicamente sincero como eu-sinto-sua-falta-você-vai-voltar ? Mas ao invés disso ficou ali,com o telefone na mão sem discar nenhum número, ensaiando palavras que nunca foram ditas.