segunda-feira, 11 de abril de 2011

Metanfetamina.

— Você tem o bagulho? Droga?

Eis que cheirava a merda, a devassidão. A pele emergia odores insuportáveis até no mais alto nível de álcool no sangue. O corpo junto aos demais compunha um colchão humano, de mentes; de corpos. A sujidade se tornava limpa perante ali; do vasto cômodo que cheirava a crystal. O bagulho era o entretenimento daqueles indivíduos que, impossivelmente, atingiriam os quarenta anos. Era a diversão de almas perdidas.

Pedaços de cristal. Os restos difundidos sobre a mesa seriam inalados assim que os torpores passassem-lhes; assim que o corpo começasse a fundir para suas mortes. Alguém inalou ruidosamente o restante e em gargalhadas caiu-se para trás. A substância era-lhe cabível para a fuga e desprezo da mediocridade em sua vida. “Isso é demais, vadia!”, pensou o jovem de vinte e tantos anos, sem consenso de que aquilo, futuramente, lhe custaria um ou mais dentes de sua boca; custar-lhe-ia a vida. Ao fim, defrontou-se nos delírios que lhe proporcionava a cada cheirada de Crystal Meth... De Metanfetamina.

METANFETAMINA — D.

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