domingo, 10 de abril de 2011

Das coisas mais estranhas de minha personalidade uma delas é o medo. Ele me abraça constante e o mais incrível é que eu amo instigá-lo.
Ele é rastejante, o vejo como uma cobra naja que vem sutilmente atrás de minhas belas melodias chamadas de pensamentos, aos poucos se enrolam ao meu redor se aproximando, apertam meus pés e sobem sobre minhas pernas, braços até chegarem ao meu pescoço cravando veneno mortal, minha alma sente desespero, minhas pernas tremem, meu coração se dispara ao ponto do chão sumir e sinto de minhas mãos descer suor frio e formigamento pelo meu corpo, ao mesmo tempo amo sentir essas sensações e amo ter necessidade de tudo.
Dizer que sou medroso é assumir o fato de que essas sensações me deixam feliz, até mesmo cheio de expectativa, mesmo me causando enjôo muitas vezes eu preciso de mais e mais, mais, mais, mais e mais!
Seja vendo filmes que me fazem fechar os olhos, seja vendo fotos de deformações que me fazem perder o apetite, seja olhando de perto animais que tenho aversão, seja provocando alguém que não tem volta, o medo me descarrega tensão, o medo é um animal peçonhento pronto me atacar quando eu procuro e o liberto, o medo rege nossas vidas, o medo é um pecado que cometemos diáriamente, o medo é um amor reprimido em nojo, o medo é um sentimendo, o medo é um sensanção física, o medo é uma sensação espiritual, o medo é um cigarro que se ascende sozinho, o medo é devorador, o medo é primo de 4º grau da vida, o medo é primo de 4º grau da morte.

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